O IMPASSE PARA O BEM
Cícero Ferreira Lopes - jornalista
As eleições do Distrito Federal (ou Brasília) estão pegando fogo, e haja fogo nessa história. Por outro lado, o impasse no STF fez aumentar as labaredas desse fogaréu. Tem um fato peculiar nessa história, se a Lei Ficha Limpa tivesse logrado vitória, o candidato Roriz, simplesmente, estaria alijado do pleito, e o pior, estaria afastado – para sempre, da contenda política, afinal, o ex-governador é um cidadão, hoje, de 75 anos, com uma punição de 8 anos, só com 83 anos, ele estaria habilitado a se candidatar mais uma vez. Acontece que, na atual situação eleitoral, Roriz é candidato de fato e de direito para o pleito de 3 de outubro. Então, o eleitor do DF, se ele na hora da votação acionar o candidato 20, surgirá na urna eletrônica a figura de Roriz tendo ao lado a sigla de seu partido:PSC.
O certo é que a sorte está lançada, e que, caberá ao povo fazer-lhe justiça.
O forte na política é que ela é uma ciência social, tal e qual a religião. Esse conceito em que me amparo é de Margareth Mead, grande antropóloga, que estudei na Faculdade de Filosofia da UFMG de Belo Horizonte. Essa mestra estudou profundamente a história do povo hebreu. Falando de Moisés, o homem que teve o privilégio e a primazia de falar com Deus, Margareth dá a demonstração cabal de que fé é religião, é política é ciência onde tudo se une para que a religião, a política e a ciência sejam as luzes da humanidade.
E voltando à vaca fria, encerra-se a prosa elogiando e exaltando o discernimento e a criatividade do povo brasileiro ao criar a Lei da Ficha Limpa que veio a lume para promover a honestidade, a honra, e a honorabilidade da sociedade brasileira. E que ela venha, mas, sem pressa, pois, diz o dito popular que a pressa é inimiga da perfeição.
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